Dicas para preparar sua carne no dia a dia
Todas as vezes que vamos às compras no supermercado, é o mesmo enredo. Compramos sempre os mesmos produtos: o mesmo pão, mesma sobremesa, mesma carne... E por falar em carne, essa oferece tantas opções, que acabamos nos perdendo sem saber qual escolher por não fazermos ideia de como prepara-la.
Há o costume de se dizer que existe tipos de carnes que são ruins, mas isso não chega a ser uma verdade. A falha se encontra, geralmente, no processo de escolha do tipo e corte da carne, bem como a forma de preparo.
Existem diversas texturas, que variam com cada tipo de corte, bem como de sabores, tais qual os da carne de boi, porco e cabra.
ESCOLHENDO O CORTE
Quando falamos da carne de boi, é importante se atentar à cor, que deve ser bem vermelha. Já os veios de gordura devem apresentar cor branca ou levemente amarelada.
O teste do toque também vem a calhar. Em bom estado, ela deve voltar imediatamente ao normal após o toque. O cheiro deve ser suave e fresco. Não compre carnes que tenham a cor muito escura ou com cheiro forte.
GUARDANDO NA GELADEIRA
A conservação da carne depende do peso da peça e do tipo de carne. Por exemplo, a carne moída tem um prazo de validade bem menor do que a mesma carne se cortada em tamanho maior. Nesse caso, a dica é preparar a carne moída no mesmo dia ou então congelá-la.
Aliás, esse é um ponto interessante. A carne congelada pode durar até cerca de três dias dentro do freezer. O jeito correto de descongelamento é levando-a a geladeira.
Peças maiores, com até meio quilo, suportam até quatro dias na geladeira. Acima disso, duram até uma semana, se bem vedadas. As peças embaladas a vácuo podem durar até três vezes mais.
Dica: ao utilizar peças refrigeradas, retire as mesmas da geladeira cerca de uma hora antes do preparo, assim recuperarão a consistência original.
TIPOS DE CORTE
Tradicionalmente existem dois tipos de corte no Brasil: os de segunda, que são da parte dianteira do animal, geralmente mais duras e as de primeira, cortes da parte traseira e mais macios. Importante saber que, em outras partes do mundo, os cortes são classificados de formas diferentes.
CARNES DE PRIMEIRA
Contrafilé: carne macia, longa e arredondada. Ideal para bifes finos, simples ou à milanesa.
Filé mignon: macio e magro, ideal para estrogonofe, bifes, picadinho e brochetes. Costuma ser servido com um molho tipo madeira ou rosé.
Alcatra: corte nobre e grande, ideal para bifes, churrascos e picadinho.
Coxão mole: bem macio, bom para bifes à role, ensopados ou à milanesa.
Coxão duro: corte mais magro, bom para cozimentos mais longos como ensopados e sopa
Lagarto: ótima carne de panela ou até mesmo para ser servida crua, como carpaccio
Patinho: boa para ser moída para preparos como kibe e bolo de carne
Picanha: a mais amada dos churrascos. Boa opção para preparar bifes altos e suculentos
Maminha: carne versátil, boa para panela, churrasco ou assada
Fraldinha: corte magro e alongado, indicado para bifes e churrascos
CARNES DE SEGUNDA
Aba e capa de filé: boa para preparos longos, como picadinho
Músculo: carne que fica ótima em ensopados e sopas
Paleta: pode ser servida com carne assada, regada com molhos suculentos
Acém: ideal para moer e ser usada em recheios
Peito: indicada para preparos longos, como escondidinho
Ponta de agulha: uma das melhores opções para se fazer na panela de pressão, em cubos, com molho bem apurado e servido com arroz e batatas
CARNE SUÍNA
Quando falamos de carne suína, temos dois tipos principais: o porco adulto, que fornece lombo, paleta, pernil, costelas e carré, e o leitão. O porco você pode preparar com técnicas de braseado e guisado. Já o leitão, que é o porco mais jovem, é melhor assado ou recheado.
CARNE OVINA
Cordeiros e carneiros oferecem uma carne bem mais macia, lisa e com pouca gordura. É mais fácil encontrar os cortes de carneiro adulto, como o lombo, pernil e paleta. Já os carneiros mais jovens é tido como vitela, oferecendo uma carne bem macia.